Disco novo do Postal Blue!

É isso mesmo! Apesar da longa ausência, finalmente vai sair o segundo álbum da banda. Bem, finalmente vai sair, não, finalmente foram retomadas as gravações. Na verdade, o disco está em fase de pré-produção, ou seja, as músicas ainda estão sendo compostas e nós estamos fazendo umas gravações experimentais para registrá-las e testar algumas coisas para a gravação final.

O disco terá 14 músicas. Dez inéditas e quatro regravações: “Still Blue”, “For You”, “Laughing and Crying” e “You Should Keep it to Yourself”, que foram gravadas originalmente somente por mim e que agora vão ganhar uma roupagem nova, com arranjos feitos pela banda.

A gravadora é a peruana Plastilina Records, do nosso amigo Roque Ruiz, responsável também pela Cloudberry Records, que lançou nosso último single.

A data de lançamento ainda não está definida, mas o disco deve sair no primeiro semestre do ano que vem. Desta vez, as antigas promessas de shows e turnês devem finalmente se concretizar, inclusive com participações em festivais.

Quem quiser convidar a banda para tocar em algum lugar do Brasil ou do exterior, pode entrar em contato que nós levaremos em consideração.

Bom, é isso, vem muito trabalho pela frente e pretendo escrever bastante sobre o processo de composição e gravação aqui no blog, inclusive disponibilizando algumas prévias de músicas e idéias sempre que for possivel.

Novo CD do Postal Blue e promoção imperdível!

É isso mesmo! Vem aí CD novo do Postal Blue. O tão aguardado segundo álbum deve sair em fevereiro de 2009 pela Plastilina, gravadora irmã da já muito falada Cloudberry Records. A capa fica mais uma vez por conta de Krister Bladh, que fez a capa do recém lançado (e já quase esgotado) single do PB. O CD deve sair em formato digipack, assim como o primeiro álbum.

Outra boa notícia é que muito em breve estará disponível para download pago todo o catálogo da banda. Se é que alguém paga para baixar alguma coisa no Brasil, mas  mesmo assim, para os que acreditam que o artista merece ser pago pelo seu trabalho, todas as músicas do PB estarão disponíveis a um preço bem razoável logo, logo.

Por fim, a gravadora Humblebee está fazendo um mega liqüidação para liberar espaço para novos lançamentos e por tempo limitado você pode comprar nosso CD-EP Road To Happiness por meros $2 mais envio. Acredite se quiser. Não perca tempo porque são pouquíssimas cópias. Clique aqui para comprar.

Novo CD do Postal Blue

Acaba de sair o novo CD do Postal Blue.

É um CD de 3″ com 3 músicas lançado pela gravadora americana Cloudberry Records. Para comprar, basta mandar $5 (despesas de envio já inclusas) pelo paypal para o email shop arroba cloudberryrecords.com.

Clique aqui para ouvir uma das músicas.

A capinha ficou assim:

Estou gravando coisas novas e vou postar algo aqui nos próximos dias. Até lá.

Como gravar bateria com recursos mínimos

Uma bateria acústica bem gravada faz muita diferença numa gravação. Apesar de aumentar a cada dia o número de microfones e mesas de boa qualidade e preço acessível no mercado, muita gente ainda hesita em gravar bateria acústica por medo de não conseguir um bom som. Outros tentam, mas se desanimam com os resultados.

Mas é possível conseguir um som de qualidade profissional com poucos recursos.

O elemento mais importante é a bateria. Se o som da bichinha não for bom, não adianta querer culpar o baterista ou os microfones.

É bom trocar as peles (pelo menos as de resposta) sempre que for fazer uma gravação importante. A afinação é crucial e há inúmeros tutoriais na internet ensinando como se afinar uma bateria. O baterista tem que fazer o seu dever de casa e chegar na gravação com peles novas e a bateria já afinada. Daí é só finalizar a preparação no ambiente onde vai ser feita a gravação. Lembre-se de eliminar quaisquer rangidos e barulhinhos causados por ferragens soltas e parafusos frouxos. Basta retirá-los, envolver em papel e colocar de volta.

O local onde vai ser feita a gravação tem que ter dimensões mínimas para se conseguir um som limpo. Quanto maior a sala, melhor. A medida mais importante é a altura do teto. Um teto muito baixo pode causar distorções e prejudicar a definição dos microfones mais altos. Entretanto, é possível se conseguir uma boa gravação mesmo numa sala pequena.

Ao posicionar a bateria, teste várias posições para descobrir o local onde a sonoridade fica melhor. Como todo estúdio caseiro apresenta problemas de acústica, como acúmulo de graves e ênfase exagerada em determinadas freqüências, é importante gravar numa sala mobiliada para tentar minimizar um pouco as imperfeições do ambiente. Se houver estantes com livros e sofás, ótimo. Para ajudar a diminuir o acúmulo de graves nos cantos da sala, você pode usar tapetes enrolados, puffs ou até sofás posicionados verticalmente nos cantos.

Para atenuar outras freqüências problemáticas, teste o posicionamento de outros itens da mobília. Use o ouvido.

Afinada a bateria, encontrada a melhor posição e atenuados os problemas mais graves de acústica, vamos aos microfones.

O número mínimo de microfones é … UM. Isso mesmo, se você tiver um bom microfone, é possível se conseguir um som decente de bateria. Tudo vai depender da acústica da sala e do som da bateria. Um microfone dinâmico não vai conseguir captar as nuances das várias peças da bateria, principalmente dos pratos, por isso é melhor usar um microfone do tipo condensador.

Com um microfone só, é possível se obter um som bem anos 50/60, quando era exatamente assim que se gravava bateria. Mas o bumbo provavelmente vai ficar um pouco baixo.

Com DOIS microfones, é possível se conseguir um bom som do kit todo, posicionando os dois acima da bateria ou adicionando um microfone no bumbo. Já este segundo microfone, se for usado no bumbo, pode ser dinâmico. Dê preferência a um microfone com uma resposta bem ampla com ênfase nos graves.

Com TRÊS microfones, você pode conseguir uma boa imagem em estéreo e ainda usar um microfone no no bumbo. Detalhe: os dois microfones de ambiência têm que ser do mesmo modelo. Usar microfones de modelos diferentes pode gerar problemas de fase, além de uma imagem em estéreo estranha, com um microfone enfatizando certas e freqüências e o outro enfatizando um espectro de freqüências diferente.

O meu método preferido é gravar com QUATRO microfones: dois para captar o kit todo, um no bumbo e um na caixa. Os microfones da caixa e do bumbo podem ser dinâmicos, já os do kit têm que ser condensadores. Os condensadores de diafragma mais largo captam melhor o kit como um todo, apesar de não terem uma resposta tão boa para o ataque dos pratos. Já os de diafragma menor captam muito bem os pratos, mas podem deixar um pouco a desejar nos toms.

Os dois microfones iguais vão acima dos pratos cada um à mesma distância da caixa, para evitar problema de fase. Quanto mais próximos dos pratos, menos vão captar o kit todo. Se o teto da sala for muito baixo, é bom deixar os microfones mais longe do teto, para evitar problemas com o som refletido. A não ser que você se dê ao trabalho de instalar difusores ou absorvedores no teto, para minimizar esse problema.

Meus microfones preferidos para essa aplicação são o MXL V67 (diafragma maior) e o MXL 603 (diafragma menor). São baratos e de ótima qualidade. Você pode usá-los também em outros instrumentos, como violão, guitarra, percussão e voz. São também muito melhores do que os Behringer que infestam o mercado brasileiro. Outro microfone muito bom é o B1 da Studio Products, compatível em preço com o V67.

Outra opção são os microfones estéreo como o PRO 24 da Audio Technica e o MXL 990. Você pode posicionar um deles no centro, em cima da bateria e gravar duas pistas. Eles têm duas cápsulas, cada uma apontando diagonalmente em uma direção, com duas saídas independentes. É barato, prático e não dá problema de fase. Também é muito útil para gravar violão.

O microfone do bumbo pode ser qualquer microfone dinâmico com boa resposta nos graves. O meu favorito é o Audio Technica PRO ATM250. É bom e barato. Tão bom quanto o famoso AKG D112, mas a metade do preço. Você pode usar um condensador também, mas tem que ser um que aguente os níveis de SPL ou que tenha um atenuador para proteger a cápsula.

Este microfone pode ser posicionado dentro ou fora do bumbo. Experimente para ver qual você prefere.

O microfone da caixa pode ser qualquer microfone dinâmico com boa resposta nos médios. Muita gente indica o SM57, mas eu prefiro o AKG D3700. Aliás, o D3700 é melhor do que o SM57 em qualquer função, na minha opinião.

O microfone da caixa pode ser posicionado imediatamente abaixo do chimbal para evitar vazamento do mesmo. Basta posicionar o microfone a mais ou menos 3 centímetros de altura em cima da caixa, com a cápsula à mesma distância da beirada. Experimente com o direcionamento do microfone para localizar a posição ideal.

Bom, é isso por hoje. Gravação de bateria é assunto pra escrever livro, não um artigo rápido. Futuramente vou explorar mais esse assunto, inclusive a mixagem.

Amanhã ou depois vou postar uma música gravada com essa configuração. Qualquer dúvida ou pergunta é só falar.

A importância da acústica no seu home studio

Fotoromanza

A música de hoje já é bem antiga. Foi gravada há muitos anos (acho que em 1999) para um coletânea da gravadora Shelflife Records. Foi a primeira música em que flertamos com influências de MPB.

Quanto ao tópico desta semana, eu, assim como muitos músicos, tenho um home studio e eu, assim como muitos músicos, gravo e mixo num ambiente pra lá de inadequado.

O objetivo deste post é alertar outros músicos e ajudá-los a escapar do sofrimento que é gravar nessas condições.

Meu estúdio (se é que é possível chamar esse cubículo sem tratamento acústico nenhum de estúdio) tem todos os problemas possíveis em termos de acústica. É barulhento, não tem isolamento acústico algum e fica de frente para a avenida mais movimentada da cidade, sem mencionar os vizinhos barulhentos.

Além disso, o quartinho onde meus equipamentos ficam (não vou chamar aquilo mais de estúdio), além de ser quadrado (o pior formato possível para um estúdio), é pequeno demais, tem colunas que dificultam muito a colocação de difusores e bass traps e tem uma enorme porta de vidro de um lado e cortinas do outro.

Em resumo, dificilmente poderia ser pior.

Pior mesmo é pensar que já gravei e mixei três discos nesse ambiente. Poderia dizer que foi um milagre se não soubesse a trabalheira que deu conseguir um mix decente com tantos problemas de acústica.

Um estúdio, ou melhor, a técnica de um estúdio (lugar onde se faz a mixagem de um disco), precisa de tratamento acústico, senão o resultado pode ser desastroso ou pelo menos o processo pode ser muito mais trabalhoso do que deveria. E não custa caro fazer o tratamento acústico de uma sala pequena. O ambiente de gravação não precisa ser tão controlado e é provável que a maioria dos donos de home studios gravem no mesmo lugar onde mixam.

Em breve pretendo me mudar para um lugar maior e fazer um tratamento acústico decente no novo estúdio, incluindo isolamento acústico, colocação de difusores, defletores e bass traps. No próximo post vou falar um pouco sobre alguns métodos práticos e baratos de se tratar a acústica de um ambiente.

Enquanto isso, uma boa fonte de informações sobre esse assunto é a audiolist, onde você pode encontrar inclusive projetos de bass traps e difusores, além de muita informação sobre audio. Outro site legal é o Recording Studio Design Forum, mas é em inglês.

O importante é a música

Still Blue

A partir de agora, a música da semana vai vir sempre primeiro, afinal de contas, este blog é sobre música. Aliás, hoje só vou postar a música, porque estou sem computador ainda e, pior, sem tempo para escrever. Amanhã pego o PC no conserto e vou pegar o embalo de novo.

Esta música já foi incluída na coletânea “Hey, Where’d the Summer Go”, da gravadora canadense Humblebee Recordings. Comprem a coletânea porque tem muita música boa.

Aprendendo sozinho

Se você quer aprender a tocar um instrumento sozinho, sem pegar aulas, há várias maneiras. Uma é usar um método impresso. É mais fácil se você já souber ler música ou se já tocar outro instrumento. Outro é comprar uma aula em vídeo. Não compre essas aulas pirateadas do mercado livre. Os proprietários do direitos autorais das aulas, ou seja, os caras que ralaram muito pra preparar o vídeo merecem receber algum pagamento pelo trabalho deles. Portanto, se você for comprar aulas em vídeo, dê preferência às originais.

Outro recurso interessante é a internet. Há inúmero sites com dicas e tutoriais, principalmente se você souber ler em inglês. O youtube, por incrível que pareça, é um bom lugar para se procurar dicas e para se aprender músicas e técnicas. Há diversos usuários com boa vontade e disposição para demonstrar um monte de coisas. Eu tenho aproveitado bastante o youtube recentemente. Além dos inúmeros vídeos musicais e shows que você pode ver, ainda tem as demonstrações e covers. Pra quem já sabe tocar e está tentando aprender coisas novas, é melhor ainda.

Bom, pra quem não sabe, meu notebook foi pras cucuias, mas já mandei consertar e semana que vem vou voltar a disponibilizar as músicas e falar sobre música em geral. Quem tem notebook, tome cuidado com o seu, porque uma tela nova custa R$650 (tem outras ainda mais caras).

Ai!

Aconteceu uma tragédia esta semana, alguém me fez o favor de quebrar o display to meu notebook. Pois é, é duro de acreditar. Mais duro ainda é acreditar que vai custar R$700 para consertar. Por isto, este blog está suspenso até eu ter dinheiro para consertar o bendito notebook. Talvez eu encontre tempo para escrever alguns posts no trabalho, mas colocar músicas está fora de questão porque todos os serviços de file hosting estão banidos no servidor de lá.

Até mais.

Quem tem medo do pop

A estrutura básica das canções pop não varia muito. Assim como a teoria musical, apesar de complexa e cheia de nuances, se baseia em padrões que se repetem.

Se olharmos atentamente, veremos que a grande maioria das canções pop se baseia na fórmula intro/verso/refrão/verso/refrão/solo/refrão/outro ou em variações dessa fórmula.

Não há nada de errado nisso, a criatividade do artista pop está em burlar essas regras sem ferir o que é mais importante no pop, as melodias assobiáveis e os ganchos tanto na melodia vocal quanto no instrumental.

Para se conseguir isso, é preciso um pouco de repetição. A medida certa da repetição é o que diferencia a boa música pop da lavagem cerebral que normalmente se escuta nas rádios.

Hoje em dia parece que há uma aversão à palavra “pop”. Se uma banda, como o Postal Blue, por exemplo, lança um disco pop, chovem os diminutivos nas resenhas: “popzinho”, “cdzinho”, “musiquinha”. Como se música pop fosse menos difícil de se fazer ou tivesse menos mérito do que seja lá o que for que é considerado artisticamente mais válido pelos que usam esses diminutivos.

Música é arte e tem o objetivo não só de entreter mas também de fazer pensar. É possível conseguir tudo isso dentro de dois minutos de verso/refrão. Tudo depende do talento do artista.

Fazer música pop que foge do lugar-comum e que tem conteúdo não é para qualquer um e tem tanto mérito quanto fazer música mais “experimental”, um rótulo que muitas vezes é usado para validar tentativas mal-sucedidas de compositores incapazes de experimentar sem alienar o ouvinte.

A situação da música atual é tal que o álbum como formato artístico está ameaçado. A tendência mundial, com o avanço das tecnologias e do file-sharing, é de haver muito mais ênfase na canção do que numa obra composta por várias canções. É uma volta ao paradigma do começo dos anos 60, quando os álbum conceituais ainda nem existiam.

Do ponto de vista comercial, quem quiser viver profissionalmente de música sempre terá que se adaptar às mudanças. Não se trata de comprometer a integridade, nem de se vender, mas de sobreviver. O álbum ainda é viável, ou é o que eu espero, e há espaço para músicos e compositores talentosos em todos os gêneros, o que não é aceitável é a depreciação do pop como invariavelmente descartável e sem conteúdo. Há inúmeros exemplos disso, mas o fato de um artista ser pop não invalida automaticamente seu trabalho.

Bom, minha idéia hoje era falar de estruturas na música pop, mas acabei me perdendo no caminho. Fica pra próxima.

Estou colocando aqui hoje mais uma música do nosso próximo CD. Como nas outras vezes, é uma gravação demo. As advertências de costume se aplicam como sempre.

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You Should Keep It To Yourself

So You Wanna Be a Rock’n’Roll Star…

Continuando no tema do último post, queria dizer, antes de mais nada, que também ainda estou aprendendo todo esse processo de composição, mas o pouco que eu sei talvez possa ser útil, por isso quero compartilhar.

Para começar a compor suas músicas, é importante, mas não indispensável, aprender a tocar um instrumento. No meu caso, escolhi guitarra/violão e piano/teclado (sempre que eu mencionar violão e piano neste texto, leia-se tanto guitarra e violão quanto piano e teclado, sei que há diferenças óbvias, mas tenha um pouco de paciência comigo).

Entre violão e piano, sugiro que aprenda os dois, mas qualquer outro instrumento polifônico que você possa tocar e cantar ao mesmo tempo serve.

Eu particularmente comecei pela guitarra, porque achava mais legal, mas, se pudesse voltar no tempo, teria aprendido piano primeiro, isto é, se tivesse condições financeiras. Não sei se foi porque já tinha uma base boa devido aos anos de estudo na guitarra, mas achei muito mais fácil aprender piano. Uma grande vantagem (me desculpem, pianistas) é que “basta” você apertar uma tecla e já sai som. Você não precisa desenvolver calos nos dedos e nem muita força na mão esquerda. Poxa, dá até pra tocar com uma só mão.;)

No meu caso, decidi aprender um pouco de piano e teclado porque queria gravar as músicas no computador e ficaria muito mais fácil programar midi se eu tivesse ao menos um domínio rudimentar do marfim. Tomei gosto pela coisa e, apesar de ainda ser péssimo, hoje adoro e pretendo levar a sério o estudo.

É claro que outras pessoas com certeza terão uma experiência diferente e acharão muito mais fácil começar pela guitarra.

Outro ponto a favor do piano é que você é praticamente forçado a aprender a ler música. Não é indispensável também, afinal de contas, há músicos fantásticos por aí que não sabem ler música, mas ajuda muito saber e eu sugiro que você NÃO faça como eu. Aprenda desde o começo. Basta pegar um manual de solfejo e treinar um pouquinho todo dia. Eu mesmo aproveitei as longas viagens de ônibus de casa para o trabalho alguns anos atrás para aprender muita coisa, inclusive praticar a leitura de partitura.

Bom, continuando, você já tem um piano ou um violão, então o que você precisa agora é de um bom professor ou de um bom método (eu prefiro os que vêm com CD). Agora é só se dedicar durante alguns meses para poder começar a escrever as suas músicas. Pode ir que eu espero.

…depois de seis meses…

Agora que você já tem um conhecimento básico de um instrumento, você já pode mandar ver nas composições. É claro que nada disso é indispensável, você pode fazer música mesmo sem saber tocar nada. Há inclusive compositores famosos que não tocam nenhum instrumento, como o Morrissey, por exemplo. Só que a sua vida vai ser bem mais fácil se você souber tocar alguma coisa.

Se você pretende cantar suas próprias músicas, você talvez precise de algum treinamento vocal. A melhor opção é pegar aulas com um bom professor. Vícios e problemas de impostação devem ser corrigidos no começo. Não faça como eu, busque orientação profissional desde o começo, há o risco de danos irreversíveis à sua voz se você forçar demais as cordas vocais com técnicas incorretas.

De qualquer maneira, isso não pode ser empecilho para o seu projeto musical. Há sempre a opção de comprar um bom método (com CD) ou um vídeo. Mas nada disso é indispensável também. O indispensável realmente é meter as caras e compor, tendo sempre em mente que essas coisas que eu listei até agora servem para facilitar (e muito) a sua vida e ajudar a alcançar melhores resultados.

Bom, fico aqui por hoje. Como estou escrevendo esses artigos sem muito planejamento, acabei escrevendo fora de ordem os passos. Por isso, agora que você leu este texto, pode voltar para o texto da semana passada e ver como é o meu processo de composição. Há muitas outras coisas envolvidas, mas fica para uma próxima vez.

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Voltando ao que mais interessa, que é a música da semana, desta vez estou disponibilizando uma faixa que estará no nosso próximo single, pelo selo Cloudberry Records. Esta versão ainda não é definitiva, ainda falta regravar algumas coisas e terminar de mixar, mas já está na metade do caminho, pelo menos. Deixe aqui nos comentários quaisquer dúvidas e opiniões que quiser. Vai, pode escrever, não precisa ter vergonha.

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Laughing and Crying